A Nova Onda de Investimentos em Energia Hidrelétrica Impulsiona a Transição Energética do Brasil

Na esteira das recentes discussões sobre a transição energética, o BNDES, junto ao governo brasileiro, está avaliando uma série de subsídios focados na promoção de uma infraestrutura energética mais verde e sustentável. Durante um evento no Rio de Janeiro, Luciana Costa, a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudanças Climáticas do BNDES, destacou o interesse do banco em fomentar tecnologias emergentes como a eólica offshore e o hidrogênio verde. A ênfase foi colocada na necessidade de incentivar a indústria dos eletrolisadores e a produção de amônia e química verde, além de combustíveis de baixo carbono, com o intuito de posicionar o Brasil como líder na corrida global pela neutralidade de carbono.

No entanto, é imperativo considerar a inclusão da energia hidrelétrica neste portfólio de investimentos. As hidrelétricas, com seu vasto potencial renovável, representam um pilar fundamental para qualquer estratégia de transição energética que vise a sustentabilidade e a eficiência a longo prazo. A integração desta fonte de energia no plano de subsídios não apenas diversifica a matriz energética, mas também aproveita a infraestrutura existente e o know-how técnico acumulado ao longo de décadas de desenvolvimento hidrelétrico no país.

Investir em hidrelétricas significa reforçar um sistema energético que é intrinsecamente mais resiliente e capaz de fornecer energia limpa e estável, essencial para complementar as fontes intermitentes como a solar e a eólica. Além disso, a tecnologia hidrelétrica pode ser uma aliada crucial no armazenamento de energia, um desafio crescente à medida que o Brasil avança em sua jornada de transição energética.

A diretora Costa também salientou a queda nos investimentos em infraestrutura energética e a necessidade urgente de revitalizar este setor. Com planos de aumentar significativamente os desembolsos, o BNDES visa concentrar esforços em áreas críticas como saneamento e mobilidade urbana, além de preparar o terreno para futuros projetos de hidrogênio. Contudo, a integração das hidrelétricas nesse plano de ação ampliaria consideravelmente o escopo de atuação do banco, contribuindo para um ecossistema energético mais robusto e sustentável.

A estratégia delineada pela diretora Costa e pelo BNDES reconhece os desafios e as oportunidades que a transição energética apresenta. A inclusão das hidrelétricas nesse contexto não só é pragmática, dada a atual capacidade hidrelétrica do Brasil, mas também essencial para assegurar uma transição suave e eficaz para um futuro energético mais verde e sustentável. Ao equilibrar os investimentos entre as novas tecnologias renováveis e as hidrelétricas estabelecidas, o Brasil pode solidificar sua posição como líder mundial em energia limpa e renovável.

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