Transição energética na República Dominicana e desafios locais

A cidade de Yaguate, na República Dominicana, experimenta o calor crescente desde a instalação do Parque Solar Girasol, a maior usina de energia solar do país e do Caribe, em 2021. O país se empenhou em impulsionar fontes renováveis, mas enfrenta desafios significativos em relação aos impactos locais.

Com metas ambiciosas de produzir 25% de sua eletricidade a partir de fontes renováveis até 2025, a República Dominicana já opera nove usinas solares e dez parques eólicos. No entanto, a falta de planejamento do uso do solo antes desses projetos gerou questões ambientais e de expansão urbana.

Vista aérea de la planta solar Girasol en el Municipio de Yaguate, San Cristóbal, el día viernes 28 de julio 2023.

A ausência de regulamentação e planejamento estatal tem causado desconforto entre os moradores próximos às usinas, que observam impactos no dia a dia, como aumento da temperatura e bloqueio de áreas agrícolas. A remoção de vegetação para instalação de painéis solares contribui para a degradação do solo e redução da umidade.

Além disso, a construção de usinas em áreas protegidas, como o Parque Nacional do Cotubanamá, tem despertado críticas por violar as leis do país. A luz artificial proveniente das usinas solares tem impactado negativamente as tartarugas marinhas que fazem ninhos nas proximidades.

Apesar dos avanços, os especialistas recomendam estudos de impacto ambiental mais rigorosos, regulamentações transparentes e uma consideração mais cuidadosa das necessidades e prioridades locais. A transição para energia renovável continua sendo uma prioridade, desde que seja acompanhada por medidas eficazes para mitigar os efeitos negativos sobre as comunidades e o meio ambiente.


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